A Cera de Abelha
A cera de abelha é obtida através da coleta controlada dos favos de mel em apiários e/ou na natureza. Sua coloração varia conforme o tipo de abelha e a vegetação ao redor da colméia.
A cor da Cera de Abelha pode variar de acordo com a região geográfica, o tipo de abelha e a florada (flores da época em que as abelhas estão produzindo a cera). Apresentando tonalidades que variam entre o amarelo, verde e marrom. Mas independente da cor, a qualidade físico/químico é sempre a mesma.
A cera de abelha possui propriedades antigermicidas, antialérgicas e anti-inflamatórias.
A cera é produzida por glândulas das abelhas que a usam para construção dos favos, depois da colheita de mel, a sobra de cera é derretida e armazenada pelo apicultor, que geralmente a reutiliza, pois para produzir 1 kg de cera as abelhas consomem até 8 kg de mel e a média de produção de cera corresponde a 2 % da produção normal de mel.
A cera é uma substância sólida, maciça, de consistência escorregadia e graxa. Nas abelhas da espécie Apis mellifera é uma substância secretada por meio de oito glândulas cerígenas, que estão localizadas na parte inferior do abdômen, entre o quarto e o sétimo segmento, sendo liberadas na forma líquida que ao entrar em contato com o ar solidificam e ficam em forma de lâminas brancas que são perfeitamente visíveis.
São produzidas por abelhas operárias com idade entre 12 a 18 dias de vida adulta. Após este período normalmente as glândulas atrofiam-se e param de funcionar nas abelhas mais velhas. A coloração final da cera dependerá da presença de pólen e própolis. As abelhas recolhem essas lâminas de cera do abdômen, misturam com a saliva (secreções mandibulares), modelam e constroem os favos. Os favos servem para o depósito de alimento e espaço para a postura da rainha.
A cera da espécie Apis mellifera contém mais de 300 componentes e é impermeável à água. Em baixas temperaturas pode se tornar dura e quebradiça. A coloração varia de branca a amarelo escuro que pode ser pela contaminação com pólen encontrado no mel, partículas de própolis e também torna-se escura com o uso.
Curiosidades
As propriedades da cera natural são conhecidas desde os primórdios da humanidade. Como a cera possui oxidação lenta, dura por muito tempo, desde que não seja atacada por traças da cera ou exposta a altas temperaturas.
Os egípcios, há mais de 6.000 anos, utilizavam a cera de abelha no processo de embalsamento de suas múmias, inclusive, foram encontrados blocos de cera inalterados em túmulos egípcios e em navios naufragados.
A palavra Múmia, não é precisamente de origem Egípcia e sim da palavra moum de origem persa, que significa cera. Entre os Romanos fazia-se o uso da cera para modelar o perfil humano. Além disso, os romanos eram conhecidos por fabricar frutas de cera que eram impossíveis de ser diferenciadas das originais. Praticamente todos os povos da Antiguidade usavam cera nas cerimônias religiosas.
A cera de abelha era usada, dentre outras aplicações, como pagamento de tributos, taxas e multas. Em 181 depois de cristo, a cidade de Córsega (uma ilha ao sul da França) pagava a Roma 38 toneladas de cera a titulo de tributos.
Na idade média, tabletes de madeira cobertos com cera eram utilizados para correspondência e inscrições provisórias. Para escrever utilizava-se um instrumento de metal afiado de um lado e largo e achatado do outro, que seria para apagar.